48º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BADAJOZ
48º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BADAJOZ 2025
Os passes para o festival, que custam 85 € (13 espetáculos), estarão à venda de 24 a 30 de setembro.
A partir dessa data, será possível adquirir tanto passes como bilhetes individuais para cada espetáculo. O preço dos bilhetes para cada espetáculo é de 15 €, exceto a representação de San Francisco no dia 11 de outubro, Crassh_DuoCircus, que é gratuita, e a de Mr. Bo, para crianças a partir dos 6 anos, que custará 6 €. Os bilhetes podem ser adquiridos tanto na bilheteira do teatro como no site www.teatrolopezdeayala.es.
O Festival Internacional de Teatro de Badajoz celebra a sua 48.ª edição, consolidando-se como um evento imprescindível no calendário cultural do sudoeste peninsular. Durante quinze dias, o Teatro López de Ayala e outros espaços da cidade acolherão uma programação diversificada que abrange teatro contemporâneo, dança, teatro familiar e infantil, bem como atividades paralelas dirigidas a públicos de todas as idades e perfis. São 14 espetáculos de 11 a 25 de outubro de 2025
Com uma clara vocação de abertura, o festival aposta na qualidade artística, na inovação cénica e no compromisso com a criação emergente, sem renunciar a propostas consolidadas que dialogam com o presente a partir do palco.
O Teatro López de Ayala será o epicentro desta edição, que inclui estreias, adaptações literárias, revisões de clássicos e peças híbridas que dialogam com o presente. Entre as companhias participantes destacam-se Marie de Jongh, Aracaladanza, a estreia da companhia extremeña Karlik Danza-Teatro, Teatro de La Abadía e La Joven, entre outras.
O festival também aposta no público jovem com um programa específico que inclui obras como Lagunas y niebla, Medida por medida, Las Mortero, Cowboy Anatomía +, The room where it happens. Além disso, serão realizadas atividades paralelas, como oficinas infantis, masterclasses e jornadas de debate e leitura dramatizada organizadas pela UAPEX.
Todas as apresentações concorrem ao Prémio do Público, que reconhece a obra mais apreciada pelos espectadores.
A programação começa no sábado, 11 de outubro, no Paseo de San Francisco, com uma proposta infantil da companhia portuguesa Crassh. Um espetáculo de rua cheio de ritmo, humor e acrobacias que convida a participação do público mais jovem em Crassh – DuoCircus. Continuaremos nesse mesmo dia, mas na sala principal do López de Ayala, às nove da noite, com La Gramática. Uma sátira humorística, escrita e dirigida por Ernesto Caballero, que reflete sobre a linguagem como ferramenta de poder, identidade e resistência, expondo a nossa relação com o vasto legado que constitui a Língua, protagonizada por María Adánez.
Outra das propostas para toda a família chega pela mão da Companhia Marie de Jongh no domingo, 12 de outubro, com Mr. Bo. Obra de máscaras, sem palavras, que aborda a solidão e a ternura a partir de uma poética visual acessível a todos os públicos.
Lagunas y niebla, da Companhia La Joven, no dia 14 de outubro, é uma exploração cénica que aborda o atual desconhecimento dos jovens espanhóis sobre a Guerra Civil, levantando a questão de como a história recente está repleta de «lacunas» de informação e «névoa» de confusão que dificultam a sua compreensão.
Passamos para a releitura contemporânea do clássico de Shakespeare, com um olhar crítico sobre o poder, a justiça e a moral, na quarta-feira, 15 de outubro, com Medida por medida (A culpa é tua), da companhia argentina Buendía Theatre.
A dança tem várias apresentações nesta edição, desta vez a primeira proposta vem da mão de Aracaladanza
no dia 16 de outubro em Va de Bach. Uma coreografia luminosa e onírica inspirada na música de Bach, que mergulha num universo criativo que permite imaginar quem quiser abrir os olhos e afinar os ouvidos.
Esta edição conta com a estreia da peça de teatro-dança de Lucía Joyce, da companhia extremeña Karlik Danza-Teatro. Uma peça evocativa que presta homenagem, através da dança e da palavra, a Lucía Joyce, filha do célebre escritor James Joyce.
O Teatro de la Abadía, com a peça Caperucita en Manhattan, foi um dos espetáculos mais aclamados pelo público na última temporada. Adaptação teatral do romance de Carmen Martín Gaite, que revisita o conto clássico de uma perspetiva urbana e contemporânea, no sábado, 18 de outubro, com a participação da atriz Carolina Yuste, natural da Extremadura.
A cena extremadurense tem outro encontro neste festival no dia 20 de outubro com Cowboy Anatomía +, a cargo dos alunos da ESAD (Escola Superior de Arte Dramática). Uma proposta experimental que investiga a construção da masculinidade e do corpo como território cénico através de textos de Arrabal.
Las Mortero é uma peça provocadora que questiona os papéis de género e a violência simbólica.
Apresenta-nos uma comédia hilariante, ingénua e provocadora ao mesmo tempo, uma luta contra o machismo e contra os preconceitos, na terça-feira, 21 de outubro.
Perigallo Teatro, vencedor do Prémio do Público na 45.ª edição do Festival de Teatro de Badajoz de 2022, regressa à cena de Badajoz no dia 22 de outubro com Por voluntad propia. Uma história íntima sobre maternidade, desejo e liberdade individual, narrada a partir da proximidade emocional.
Uma peça híbrida que funde movimento e palavra para explorar o poder e a tomada de decisões é a proposta de The room where it happens na quinta-feira, 23 de outubro. Nomeados para dois Prémios Max de melhor intérprete feminina e melhor intérprete masculino de dança.
Uma exploração sobre o casal, a memória e a comunicação através da narração de uma história partilhada que muda cada vez que é contada. É o tema de Barbados em 2022, que será representado na sexta-feira, 24 de outubro, com texto e direção de Pablo Remón e a magnífica interpretação de Emilio Tomé e da atriz argentina Fernanda Orazi.
E o encerramento do festival, no sábado, 25 de outubro, é uma fantasia visual que explora a conexão do ser humano com a água em Bajau. Uma viagem visual e sensorial inspirada nos povos nómadas do mar, com uma estética envolvente e poética.
Como em cada edição, a programação do festival é ampliada com atividades paralelas que enriquecem a oferta cultural para além das representações teatrais. Entre elas estão oficinas infantis, pensadas para aproximar o teatro das crianças, ministradas por Jokin Oregi, diretor da peça Mr. Bo; masterclasses de palhaço, que permitirão aos profissionais do setor teatral conhecer em primeira mão o trabalho de Gabriel Chamé, especialista nesta arte e diretor da peça Medida por medida; e as jornadas da UAPEX, concebidas como um espaço de reflexão e encontro em torno do teatro e da criação cénica. Desta forma, o festival não só oferece espetáculos, mas também promove a formação, a participação e o diálogo com a comunidade
Na segunda-feira, 13 de outubro, das 12h às 13h, oficina infantil
ministrada por Jokin Oregi, diretor da peça Mr. Bo, que será realizada no palco do Teatro López de Ayala
para crianças de 6 a 10 anos.
Na quarta-feira, 15 de outubro, das 11h às 14h
Aula magistral de palhaço intitulada O prazer trágico do palhaço, ministrada por Gabriel Chamé Buendía, diretor de Medida por medida, dirigida a profissionais do setor teatral.
Por último, no domingo, 19 de outubro, das 10h às 14h, e organizada pela UAPEX (União de Atores e Atrizes Profissionais da Extremadura), serão realizadas as Jornadas de debate e leitura dramatizada no Cafetín del Teatro.
O Festival Internacional de Teatro de Badajoz renova novamente o convite aos assinantes para participarem na votação do Prémio do Público do 48.º Festival Internacional de Badajoz, um prémio que reconhece a obra mais apreciada pelos espectadores. Todas as apresentações programadas concorrerão a este prémio, que visa estreitar o vínculo entre os cidadãos e o festival, promovendo a participação e o diálogo cultural em torno das artes cénicas.
PROGRAMA DO 48º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BADAJOZ
Sábado, 11 de outubro, 18h. Paseo de San Francisco Espetáculo infantil
Crassh_DuoCircus
Ideia original: Bruno Estima
Direção artística: David Valente e Bruno Estima Músicos intérpretes: David Calhau e David Valente Companhia: Crassh (Portugal)
Duração: 45 minutos
Público: familiar
CRASSH_DuoCircus é um espetáculo em que duas personagens transportam o público, de forma íntima e muito acolhedora, para o universo Crassh, onde os objetos mais comuns do nosso dia a dia servem para produzir música, desde melodias simples até ritmos complexos e virtuosos.
Combinado com uma forte componente cómica, visual, de interação com o público e disciplinas circenses — onde a malabarismo também é utilizado para criar música ao vivo —, este é um espetáculo que mistura o rigor com o caos, o arrepio com a diversão levada ao seu nível máximo.
Sábado, 11 de outubro, 21h.
La Gramática
Dramaturgia e direção: Ernesto Caballero Intérpretes: María Adañez e Joaquín Notario Companhia: Focus (Barcelona)
Duração: 85 minutos
Um belo dia, acidentalmente, uma mulher convencional transforma-se da noite para o dia numa consumada erudita da língua e da gramática. Um renomado neurocientista submete-a a um intenso
processo de desprogramação linguística. Neste caso, não se trataria de refinar verbalmente a personagem, mas, inversamente, de devolvê-la ao seu estado primário de limitação expressiva para evitar, dessa forma, os distúrbios de inadaptabilidade social originados após o seu acidente inadequado.
Este é o ponto de partida desta Gramática, uma sátira humorística que expõe a nossa relação com o vasto legado que constitui, segundo Lázaro Carreter, o nosso património comum mais sólido: a Língua.
Domingo, 12 de outubro, 19h.
Mr. Bo
Companhia Marie de Jongh Autor e diretor: Jokin Oregi
Intérpretes: Ana Martínez, Ana Meabe, Javier Renobales e Andurina Zurutuza
Companhia: Marie de Jongh Teatroa (País Basco)
Duração: 50 minutos
Público: Crianças a partir dos 6 anos
Peça de máscaras combinada com palhaçaria. Um espetáculo dirigido a toda a família, narrado sem palavras. Um senhor e os seus três servos deixam transparecer as misérias do poder despótico. Sempre com humor. Porque essa é a chave e o desafio deste projeto: que a comédia seja raiz, tronco, ramo e flor; se é que vai dar um fruto que todos possamos desfrutar. Obra artística que se caracteriza por refletir a realidade com ingenuidade deliberada, aparentemente infantil, e com poesia e simplicidade.
Terça-feira, 14 de outubro, 21h.
Lagunas e neblina
De Paco Gámez
Realização: José Luis Arellano
Intérpretes: Yolanda Dieye, Paula Feror, Elisa Hipólito, María Ramos, Fernando Sainz de la Maza e Raúl Martín
Companhia: Companhia La Joven, uma produção da Fundação Teatro Joven com o apoio da Fundação EVZ
Duração: 90 minutos
Público: A partir dos 14 anos
Um estudo recente revela que os jovens espanhóis desconhecem a sua história recente.
Confundem personagens, motivos, locais e datas relacionados com a Guerra Civil Espanhola.
Tudo é confusão, um mapa amarelado da península cheio de lacunas e neblina, onde os limites entre o presente e o passado, a realidade e a ficção, e a política se confundem. Investiga os mecanismos da memória e do esquecimento através de uma investigação teatral que mistura o íntimo e o social. Com uma escrita fragmentada e poética, levanta questões sobre o que recordamos, o que ocultamos e o que a história silencia. Uma viagem cénica às zonas difusas da verdade e da identidade coletiva.
Quarta-feira, 15 de outubro, 21h00.
Medida por medida (A culpa é sua)
De William Shakespeare
Adaptação, tradução e direção: Gabriel Chamé Buendía Intérpretes: Matías Bassi, Elvira Gómez, Nicolás Gentile, Agustín Soler, Marilyn Petito
Companhia: Buendía Theatre (Argentina)
Duração: 105 minutos
Público: Maiores de 14 anos
Em Medida por medida, baseada na obra de Shakespeare, desenvolve-se uma cuidadosa exposição dramática da natureza moral do homem em relação à justiça humana e ao vício, e convida-se à reflexão sobre a lei, a corrupção, a religião e a ética. A peça oscila entre o ético, o sexual e o poder, contrastando a consciência e o instinto. Nesse sentido, a mulher ocupa um lugar central com um tema muito atual: o abuso de poder na política e no sexo.
Uma adaptação provocadora da obra clássica de Shakespeare, que mistura teatro físico, humor e crítica social. Num mundo onde a moral é imposta com mão dura, esta versão questiona o poder, a
A peça mostra como a história está cheia de “lacunas”
de informação e “névoa” de confusão que dificultam a sua compreensão.
justiça e a culpa com ritmo frenético, múltiplos personagens e muita ironia.
Quinta-feira, 16 de outubro, 21h. Dança
Va de Bach
Espetáculo para cinco bailarinos e um gorila Ideia e direção: Enrique Cabrera
Intérpretes: Carolina Arija, Lydia Martínez, Jimena Trueba, Aleix Rodríguez e JonatandeLuis
Companhia: Aracaladanza (Madrid) em coprodução com o Teatro de Retiro e a Comunidade de Madrid
Duração: 55 minutos
Público: Recomendado a partir dos 5 anos
Aracaladanza aproxima-se de Bach como inspiração para um trabalho cénico que não procura tanto coreografar a sua música (nas suas múltiplas facetas, variações e versões) como mergulhar num universo criativo que permita imaginar a quem deseja abrir os olhos e afinar os ouvidos. Porque a imaginação é o sustento do pensamento crítico e o motor da liberdade, ambos essenciais para mudar a realidade.
É mais do que beleza criativa. Mais do que perfeição técnica. Mais do que profundidade intelectual. Mais do que fundamento musical. Bach é pureza espiritual e imaginação absoluta. É emoção intensa. E, por tudo isso, Revolução.
Sexta-feira, 17 de outubro, 21h.
Lucia Joyce
Escrito por Itziar Pascual
Direção e dramaturgia: Cristina D. Silveira
Intérpretes: Memé Tabares, Jorge Barrantes e Carla González Pérez
Criação audiovisual: Comicos Crónicos
Composição musical: Álvaro Rodríguez Barroso
Coreografias: Cristina D. Silveira e Carla González
Iluminação: David Pérez Hernando
Cenografia e figurino: La Nave del Duende
Assistente de direção: Iván Luis
Assistente de coreografia: Francisco García
Fotografia: Jorge Armestar
Design gráfico: Marta Barroso
Direção de produção: David Pérez
Companhia: KarlikDanza-Teatro Duração: 70 minutos
A vida de Lucia Joyce, filha de James Joyce, é um segredo romancado. Era uma mulher frágil e apaixonada, que se dedicou à dança, colaborou no Ballet Mécanique de Leger e Man Ray e viveu uma época conturbada: o brilho criativo e intelectual das vanguardas do período entre guerras, o surgimento de novas linguagens do movimento (com Duncan, Dalcroze, Laban ou Morris), o desastre da Segunda Guerra Mundial e o legado feroz de uma família, os Joyce, marcada pelo exílio, a instabilidade económica, o talento, o sofrimento psíquico e o desgosto afetivo.
Sábado, 18 de outubro, 21h00.
Chapeuzinho Vermelho em Manhattan
Baseado no romance de Carmen Martín Gaite Versão e direção: Lucía Miranda
Intérpretes: Mamen García, Miriam Montilla, Carmen Navarro, Carolina Yuste e Marcel Mihok (contrabaixo)
Companhia: Teatro de La Abadía (Madrid)
Duração: 100 minutos
No centenário do nascimento de Carmen Martín Gaite, uma das romancistas mais importantes do século XX, o Teatro de La Abadía encena um dos seus romances que conecta toda uma geração.
É uma história sobre as crianças que fomos e os avós que seremos. Sara Allen é uma menina nova-iorquina que sonha em viver aventuras longe da rotina e das regras que a rodeiam. Inspirada no conto clássico de Perrault, a história transporta a Capuchinho Vermelho para o coração de Manhattan, onde ela descobrirá a liberdade, a imaginação e o poder de tomar as suas próprias decisões. Uma fábula contemporânea que fala sobre crescer, buscar a identidade e ousar atravessar pontes rumo ao desconhecido.
Segunda-feira, 20 de outubro, 21h.
Cowboy Anatomia +
Dramaturgia e direção: Lobo Ybáñez
Baseado no texto e elementos de La primera comunión; Ceremonia pánica, de Fernando Arrabal
Intérpretes: Pedro Cruz, Jaime Santos, Alberto Madruga, Washington Nyaguthii, Ana Crespo, Patri Lozano, Elena Ambel, Inés Tiestos, Alicia Crespo, Pablo Santos, Elena Cárdenas, Joserra, Jay C. Duke, Kike e Lucía Reyes
Companhia: ESAD (Escola Superior de Arte Dramática de Extremadura)
Duração: 90 minutos
Proposta experimental que investiga a construção da masculinidade e do corpo como território cénico através de textos de Arrabal.
Este projeto nasce de uma dramaturgia de La primera comunión; cerimónia pânica de Fernando Arrabal com a intenção de a utilizar como material cénico para criar uma encenação contemporânea.
Respeitando a sua natureza como cerimónia pânica, bem como outros elementos provenientes dos efémeros de Jodorowsky e companhia, o happening e os Autos Sacramentais, a encenação foi abordada a partir de um novo olhar sobre estes temas, reconvertidos a partir de uma intenção e um prisma contemporâneos.
Introduz textos e elementos de La primera comunión; ceremonia pánica, de Fernando Arrabal, bem como fragmentos da Bíblia Sagrada, NieR: Automata, de Yoko Taro, os poemas Voy a dormir, de Alfonsina Storni, e La mujer de Lot, de Wisława Szymborska, tradução de Jerzy Sławomirski e Ana María Moix, e as canções Alfonsina y el mar, de Ariel Ramirez e Félix Luna, all-american, bitch, de Olivia Rodrigo, e Otherworld (Final Fantasy X Original Soundtrack), de Nobuo Uematsu, Alexander O. Smith e Bill Muir.
Terça-feira, 21 de outubro, 21h.
Las Mortero
Dramaturgia e direção: Nieves Pedraza
Intérpretes: Auxi Jiménez, Eli Zapata, Nuria Vicent e Nieves Pedraza
Companhia: Estigma (Madrid) Duração: 75 minutos
Público: maiores de 12 anos
Três mulheres, três amigas, partilham um punhado de experiências que marcam a forma de ser e de estar no mundo em que vivem. Com humor, elas dão um novo significado ao feminismo. As Mortero não podem entrar na festa porque são «gordas, velhas e feias». A partir daí, o texto de Nieves Pedraza, direto e sem rodeios, apresenta-nos uma comédia hilariante, ingénua e provocadora ao mesmo tempo, uma luta contra o machismo e contra os julgamentos. Uma comédia onde
abraçamos o que nos disseram que não podemos ser, onde nos apropriamos das nossas fraquezas, cantando para não desistirmos, dançando finalmente no centro do círculo.
Quarta-feira, 22 de outubro, 21h.
Por vontade própria
De Javier Manzanera e Celia Nadal
Direção: Luis Felpeto
Intérpretes: Celia Nadal e Javier Manzanera Companhia: PerigalloTeatro (Castilla e Leão)
Duração: 80 minutos
Numa espécie de limbo, duas personagens, conscientes da sua condição, debatem-se entre o amor e o medo para deixar de ser «o que está escrito» e tornarem-se pessoas Por vontade própria. Comédia que propõe olhar para além das aparências, investigar a nossa essência e descobrir-nos nos outros.
Duas personagens conscientes de não serem pessoas e que resistem como gatos de barriga para cima por não poderem exercer a sua vontade. Procuram libertar-se do jugo dos autores e, nessa busca, vão descobrir que são os autores que precisam delas. Foram escritas nessa situação para tentar encontrar um caminho, uma inspiração transferível para o seu mundo real. Procuram uma pista para retomar o controlo das suas vidas.
PRÉMIO INDIFEST-SANTANDER DO PÚBLICO INDIFEST 2024, MELHOR ESPETÁCULO, MELHOR ATOR E MELHOR ATRIZ
Quinta-feira, 23 de outubro, 21h. Teatro-Dança
The room where it happens
Direção e coreografia: Iker Karrera
Dramaturgia: Verónica Ronda e David Serrano
Intérpretes: Katalin Arana, Marc López, Raymond Naval, Serena Pomer e Teresa Arroyo
Música original: Alex Aller / Saxofone: Jose Venditti.
Acordeão: Alex Larraga.
Voz: Raymond Naval
Companhia: Iker Karrera (Madrid) Duração: 55 minutos
Público: maiores de 14 anos
: Este espetáculo contém luzes
O horror do vazio do século XXI fala do medo do vazio, do vazio de conteúdo do nosso tempo. Estar ocupado é o remédio perfeito para não pensar. Repetir uma longa rotina de distrações que entulham a alma para assim evitar ficar sozinho consigo mesmo.
The Room Where It Happens convida a refletir sobre o poder, a tomada de decisões e o que acontece nesses espaços ocultos onde se definem destinos coletivos. Através da dança contemporânea, Iker Karrera constrói uma linguagem física intensa e expressiva que revela tensões, silêncios e pactos invisíveis. Uma peça que combina movimento, emoção e crítica social e transforma o palco num território onde a intimidade se torna pública.
OBSERVAÇÕES
estroboscópicas
Vencedor do Prémio Godot 2025 de «Melhor coreografia de dança contemporânea».
Espetáculo candidato a 5 prémios Max 2025: melhor espetáculo de dança (Iker Karrera); melhor composição musical (Alex Aller); melhor coreografia (Iker Karrera); melhor design de iluminação (Rodrigo Ortega) e melhor intérprete feminina de dança (Katalin Arana).
Sexta-feira, 24 de outubro, 21h.
Barbados em 2022
Escrito e dirigido por Pablo Remón Intérpretes: Fernanda Orazi e Emilio Tomé
Companhia: Teatro Kamikaze em coprodução com o Centro Cultural Condeduque (Madrid)
Duração: 70 minutos
Dois atores narram a história de um casal. Às vezes, eles concordam: fazem isso com humor, com estranheza, com alegria. Eles brincam. Outras vezes, eles se contradizem, inventam, obscurecem, mentem. Às vezes, eles são o casal; outras vezes, não. Eles são, por sua vez, outro casal. Com sua parte de combate, com sua parte de aventura, com sua parte de amor.
Barbados é uma peça em que Pablo Remón explora, com o seu humor característico e olhar crítico, as relações pessoais e as tensões do presente. Através de um jogo teatral que mistura o íntimo e o social, a peça levanta questões sobre a memória, os laços e a maneira como construímos as nossas histórias.
Sábado, 25 de outubro, 21h.
Bajau
Ideia original, conceção cénica e direção: Sergi Ots Criação: Sergi Ots e Mariona Moya
Intérpretes: Natàlia Méndez e Neus Masó
Música: Joel Condal, Marcel Fabregat (Eslástica) Companhia: Pontenpie&SergiOts (Barcelona)
Duração: 35 minutos Público: Familiar
Bajau é uma experiência cénica sensorial e poética que nos mergulha — literalmente — num universo aquático. Inspirada na tribo do sudeste asiático que vive debaixo de água, a obra levanta uma questão essencial: se o ser humano se desenvolve em líquido, por que não viver na água?
Dois irmãos protagonizam esta história sem palavras, onde a água se torna mais uma personagem. Através do teatro gestual, da manipulação de objetos e de uma cenografia surpreendente, Bajau explora o desejo de transformação, a origem da vida e a conexão com o nosso ambiente natural.
A obra convida o público a imaginar um mundo onde o jogo, a fantasia e a adaptação nos permitem ser o que sonhamos: peixes, água, liberdade. Finalista nos Prémios Max 2023 como Melhor Espetáculo Infantil, Juvenil ou Familiar e Melhor Design de Figurino.
ATIVIDADES PARALELAS
Segunda-feira, 13 de outubro
Oficina para o público infantil Ministrada por Jokin Oregi
A companhia Marie de Jongh propõe uma experiência intergeracional, o jogo como metodologia, para se aprofundar no teatro gestual como objetivo. O workshop centra-se principalmente em que os participantes, crianças e acompanhantes, entrem em contacto com a técnica do teatro gestual.
Na primeira parte, são realizados exercícios breves e divertidos de aquecimento em grupo. O objetivo é que cada participante tome consciência das diferentes partes do seu corpo e, por sua vez, gere consciência de grupo, a fim de facilitar o trabalho posterior com os outros.
Na segunda parte, investiga-se a capacidade de observação, concentração e escuta, para assim exercitar as habilidades necessárias para a interpretação ou dramatização.
Na última parte, são realizados exercícios específicos de técnica de mímica, bem como de manipulação de marionetas e utilização de máscaras.
Local: Palco do Teatro López de Ayala
Horário: das 12h às 13h
Idade: dos 6 aos 10 anos
Inscrição: De 6 a 10 de outubro às 14:00 horas. Máximo: 25 crianças
Quarta-feira, 15 de outubro, das 11:00 às 14:00 horas.
Aula magistral de palhaço ministrada por Gabriel Chamé Buendía, diretor de Medida por medida
O prazer trágico do palhaço
A busca do palhaço perdido
O curso intensivo de palhaço procura que os participantes superem o medo do ridículo e descubram assim o seu próprio palhaço. O palhaço é aquela parte de cada um (o próprio ridículo) que faz rir e emocionar os outros.
Fazer rir uma audiência, esperar com alegria a sua reação e tomar consciência de que ninguém ri. Uma boa experiência para a nossa dignidade, um sentimento verdadeiro e incómodo. Ignorá-lo, escondê-lo, não servirá de nada, é evidente, e é uma das primeiras experiências para quem quer fazer rir. O palhaço, sem saber, sem compreender, acredita em tudo e tenta fazer tudo bem, de uma forma tão extremamente positiva, que fica fora da sociedade. Um anti-herói que reencontra a inocência, a simplicidade e uma consciência madura da infância.
O curso de palhaço permite reencontrar essa essência e, acima de tudo, divertir-se.
Inscrição: De 6 a 10 de outubro às 14h. festivalteatro@teatrolopezdeayala.es (Para profissionais)
Máximo: 20 pessoas
Domingo, 19 de outubro, das 10h às 14h.
II Jornadas de Debate e Leitura Dramatizada UAPEX
Por que fazemos teatro
O ser humano precisa da ação para se reafirmar. Há infinitas razões. Alguns buscam experimentar novas sensações e desafios; outros podem buscar um espaço de autoconhecimento. Contar histórias (ou vivê-las do nosso ponto de vista) nos leva a curiosear outras perspectivas, desafiando nosso julgamento interno.
Para libertar-se das correntes, para rir de si mesmo, para entender o que há dentro, luzes e sombras, um material que pode ser convertido em ferramentas. Participantes:
Jana Pacheco: diretora e dramaturga
Ana Trinidad: atriz e produtora
Francisco Blanco: ator e produtor
Alfonso López Fando: psicólogo, psicoterapeuta, Gestalt Coach, formador de psicoterapeutas e escritor
Leitura dramatizada de um fragmento da obra vencedora do II concurso da UAPEX: La nana de las zapatillas rojas de Virginia Campón.
Organização: Associação de atores e atrizes profissionais da Extremadura
Local: Cafetín del Teatro
Inscrições: De 6 a 10 de outubro, às 14h. festivalteatro@teatrolopezdeayala.es
Máximo: 30 pessoas
PREÇOS
ENTRADA GERAL: 15 €
DESCONTO PARA JOVENS, PENSIONISTAS, DESEMPREGADOS, MEMBROS DA FATEX E DA UAPEX: 10 €
ABONO GERAL: Preço único: 85 € (13 apresentações)
Inclui catálogo exclusivo para assinantes e direito a voto para o prémio do público
Fora do abono
Sábado, 11 de outubro, 18h.
Crassh_DuoCircus
Paseo de San Francisco
Espetáculo infantil
Domingo, 12 de outubro, 19h.
Mr. Bo
Preço especial para crianças de 6 a 12 anos: 6 €
Venda de bilhetes e abonos
Os abonos estarão à venda de 24 a 30 de setembro
A partir de 1 de outubro, serão vendidos tanto abonos como bilhetes individuais
Bilheteira do Teatro López de Ayala
Das 12h00 às 14h00
Das 18h00 às 21h00
ABERTURA DAS PORTAS:
MEIA HORA ANTES DO ESPETÁCULO
Prémio do público
O Festival Internacional de Teatro de Badajoz renova novamente o convite aos assinantes para participar na votação do Prémio do Público do 48.º Festival Internacional de Badajoz, que reconhece a obra mais apreciada pelos espectadores. Todas as apresentações programadas concorrem a este prémio, que visa estreitar o vínculo entre a cidadania e o festival, promovendo a participação e o diálogo cultural em torno das artes cénicas.
A obra que obtiver o maior número de votos durante este processo receberá o Prémio do Público do 48.º Festival Internacional de Teatro de Badajoz.
Os assinantes que o desejarem poderão votar no último dia do Festival. Entre todos os participantes será sorteado um passe para duas pessoas para a próxima edição do Festival.